quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Rumo ao Natal

Capítulo 1. Na Fábrica

Pela primeira vez, abri os olhos. E o que vi foi magnífico: os fabricantes, que trabalhavam afincadamente, a fazer acabamentos no pelo; os tapetes rolantes que nos transportavam para as caixas, onde os peluches eram impiedosamente colocados, seguindo depois, em camiões até às suas respetivas lojas; o cheiro a mofo que invadia a fábrica… eu tinha sido criado. E faria parte daquilo tudo. Faria uma criança feliz. Depois, à moda dos elefantes de peluche, contar-lhe-ia tudo sobre a fábrica do Pai Natal. Mas… Seria mesmo ele o dono disto tudo? Coitado do homem, só podia ser pobre! Entre pagar os impostos do edifício e da sua casa, entregar o salário aos duendes, comprar comida para ele e para as renas, abastecer o trenó… E comprar materiais para nos fazerem! Depois vi tudo na minha cabeça. Não podia ser, se íamos em lojas para camiões… Então… Existiria o Pai Natal? De repente percebi que já tinha passado pelos costureiros, e os tapetes, que iam cada vez mais rápido, como que a querer despachar-me depressa, estavam a chegar ao fim. Era a minha hora. Tinha que ser.

Estava com receio, mas ao mesmo tempo, não me podia mexer e por um segundo, desejei poder fazê-lo até que, na caixa, ainda vazia. Perfeito. Ia levar com todos em cima. Como se já não fosse suficientemente pequena para um elefante de metro e meio, imagine-se mais três. A viagem ia ser dolorosa.


Capítulo 2. Finalmente!

Estava completamente dormente quando o camião finalmente parou. O edifício dizia “Armazém d…”. O resto não se lia pois era de noite e as outras letras tinham as lâmpadas fundidas. Achei estranho, pois naquela loja, além do nome ser esquisito, estava tudo empacotado. Quando acenderam a luz, veio alguém, mas antes de ver quem era, o homem que me carregava, tapou a fresta por onde, até ali, eu tinha espreitado. Afinal, estar em baixo até me tinha trazido uma vantagem… Estava lá tão quentinho, que adormeci, apesar das dores.

O dia seguinte foi uma agitação. Andávamos para lá e para cá, sempre dentro da maldita caixa. Se as pessoas não nos viam, como é que nos compravam? Por fim, ficamos permanentemente, e todos foram embora. E estava cada vez mais dorido. Sem nada para além dos meus pensamentos confusos. Já teria sido comprado? Seria mesmo o “Armazém d…” uma loja? Iria lá ficar para sempre? Com tudo isto adormeci muito mais tarde do que na noite anterior.
 Lara Alves, do 6.º A


Esperamos a continuação...

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Faz Falta um Sorriso no Mundo


Iniciamos este ano letivo com a publicação de um lindo poema do Diogo Sousa, aluno da professora Luísa Paisana, na turma A do 6º ano, da Escola Manuel de Figueiredo.
Esperamos que muitos mais lhe sigam o exemplo. Aguardamos pelos vossos trabalhos...